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sábado, 29 de janeiro de 2011

Tendências, suportes e resistências

Para permitir que o trader iniciante compreenda futuros posts, precisamos entender o mínimo da Análise Técnica. Para tanto, vamos estudar rapidamente os principais conceitos e ferramentas usadas pelos analistas técnicos. Assim, o objetivo deste post não é o de ensinar análise técnica; há diversos cursos disponíveis. Em breve divulgarei um curso.


Os analistas técnicos ou grafistas procuram interpretar os gráficos de preços buscando padrões recorrentes para tomar suas decisões de compra e de venda. Estes padrões podem ser encontrados em figuras, tendências de alta e de baixa ou por meio de indicadores. A ideia não é “adivinhar” o movimento do mercado, mas sim identificar o movimento mais provável e tirar proveito desta análise operando com lucro.


Os preços das ações se alternam entre tendências de alta, de baixa e lateral. Para ajudar na identificação das tendências, os analistas técnicos traçam linhas contornando os caminhos dos preços. O exemplo abaixo mostra como as tendências se alternam ao longo do tempo.



Suportes e resistências são áreas no gráfico que sinalizam uma espécie de barreira ao movimento dos preços, fazendo com que uma força contrária seja exercida.

Uma resistência encontra-se no topo de um gráfico e é caracterizada por uma linha de preços que, quando testada, apresenta uma probabilidade de enfraquecer a força compradora dando início a um movimento de baixa. Quando rompido para cima, a resistência torna-se um suporte.

Um suporte encontra-se no fundo de um gráfico e é caracterizado por uma linha de preços que, quando testada, apresenta uma probabilidade de enfraquecer a força vendedora dando início a um movimento de alta. Quando rompido para baixo, o suporte torna-se uma resistência.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Independência financeira

Este é um conceito bastante discutido por diversos autores e críticos. Um dos escritores mais famosos é Robert Kiyosaki, autor do best seller Pai Rico Pai Pobre. Independentemente das diferentes versões existentes, uma boa definição encontra-se descrita no site Clube do Dinheiro:
"Uma pessoa independente financeiramente é aquela que possui recursos e meios suficientes para desfrutar de um determinado estilo de vida sem a obrigação de submeter-se a longas jornadas de trabalho ou de sofrer diversas privações. Perceba bem que nós definimos usando a expressão “determinado estilo de vida”, mas não dissemos qual. Quem determina qual deve ser o seu estilo de vida como pessoa independente financeiramente é você, caro leitor." O texto completo pode ser acessado pelo link abaixo:
Para complementar o seu entendimento, acesse o link abaixo e ouça o comentário de Mauro Halfeld para a Rádio CBN na última sexta-feira, dia 21/01/11. Este é um belo exemplo da aplicação prática do conceito de Independência Financeira alcançada com aprendizado, disciplina e boas decisões de investimento ao longo de vários anos:
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mauro-halfeld/2011/01/21/AOS-40-ANOS-POSSO-PARAR-DE-TRABALHAR-MAS-NAO-QUERO.htm

sábado, 15 de janeiro de 2011

O que é análise técnica?

A análise técnica é mais utilizada pelo traders pessoas físicas que analisam os históricos dos gráficos de preços de uma ação para suas decisões de compras e de vendas. Há diversos livros e materiais disponíveis, cuja abundância pode levar o trader iniciante a pensar que é impossível aprender algo. Mas na verdade, a regra mais básica e que deve fazer parte do seu dia-a-dia como investidor é: simplicidade. Se você se dedicar a aprender e dominar os princípios básicos, terá mais chances de vencer.

A análise técnica, ou análise gráfica, utiliza os gráficos de preços para identificar o melhor momento de compra e venda de ações (ativos). Suas ferramentas são aplicadas para conhecer os movimentos dos preços e identificar padrões recorrentes. A análise técnica não é uma ciência exata. O que investidor técnico busca ao analisar gráficos e indicadores é aumentar as probabilidades de acertos e de movimentos dos preços a seu favor.

A análise técnica como a conhecemos hoje, é derivada dos trabalhos e estudos de Charles Dow e Edward Jones no início do século XX, os quais eram publicados em um informativo financeiro que mais tarde tornou-se o The Wall Street Journal. Os resultados de seus estudos permitiram concluir que os preços se movem em tendências e que há formas técnicas de identificá-las através do estudo dos gráficos. Apesar de Dow nunca ter publicado um livro a respeito dessas teorias, suas idéias foram divulgadas após sua morte e passaram a ser conhecidas como a Teoria de Dow.

A análise técnica baseia-se em três princípios básicos:
- A história se repete.
- Os preços se movem em tendência.
- Os preços descontam tudo.

A história se repete

Milhões de pessoas movimentam os mercados diariamente tomando suas decisões baseadas em análises, fatos, perfil, estratégia e sentimentos. Cada pessoa tem sua própria maneira de olhar o mercado. Mas um aspecto é comum a todos: o preço de memória. Por exemplo, se você sabe que o litro de leite custa R$ 1,00, saberá que está diante um bom desconto caso o preço esteja em R$ 0,80. Da mesma forma, saberá que o preço está elevado se o litro custar R$ 1,20. Assim é com os investidores. Com o passar do tempo, os padrões, as tendências e os movimentos se repetem.

Os preços se movem em tendência

Para o analista técnico os preços não se movem aleatoriamente. Se isto fosse verdade, os resultados das operações de qualquer trader seriam atribuídos exclusivamente a sorte e investidores de sucesso como Warren Buffet e George Soros provavelmente não teriam feito fortunas. Tendências de alta e de baixa se alternam e se repetem ao longo do tempo. Uma tendência tem maior probabilidade de continuar seu movimento do que revertê-lo. É o princípio da inércia. Portanto, identificar qual é a tendência da ação torna-se o trabalho mais importante do analista técnico.

Os preços descontam tudo

Esta afirmação é a base de toda a análise técnica. Significa que as notícias, os resultados das empresas, as expectativas, opiniões e sentimentos dos investidores estão contidos nos preços. Aqui estão consideradas as variáveis relevantes, tais como: macroeconomia, conjuntura econômica, balanços das empresas, fatores políticos, fatos internacionais e demais aspectos que afetam os preços das ações. Para o analista técnico não interessa saber o porquê dos preços estarem subindo ou caindo. Tudo o que ele deseja saber é: qual o próximo movimento mais provável? Ele investe tempo tentando descobrir e entender como se movimentam os preços de uma ação para saber o melhor momento de comprar ou de vender.

Comprar um carro vs investir em ações

Por que as pessoas têm mais coragem de comprar um carro do que investir em ações?


Este tipo de análise financeira pode e deve ser feita pelo trader iniciante.
Responder esta pergunta não é fácil. Todos nós temos a necessidade de locomoção. Para muitas pessoas, ter um carro pode representar liberdade, independência, privacidade, status social etc.


Cada um tem os seus motivos para adquirir um carro. Em geral, este é um momento de conquista e, muitas vezes, a realização de um sonho. Sabemos que vamos perder dinheiro e mesmo assim nos sentimos felizes.


Mas por qual motivo não nos sentimos da mesma maneira quando vamos comprar ações? Um carro certamente nos fará perder dinheiro, algo entre 35% e 40% ao ano. E a compra de ações pelo investidor iniciante PODE gerar prejuízo, mas não há uma certeza. Aliás, se tivermos um bom método de trabalho, a possibilidade de ganho será bem superior à de perda.


Vamos fazer uma análise puramente financeira, esquecendo todas as variáveis emocionais que envolvem a compra de um carro. O período de tempo se refere aos últimos três anos. Vamos supor a existência de R$ 30.000,00 no dia 28/12/07 investidos em renda fixa. Este dinheiro será alocado em cinco diferentes alternativas e a simulação será encerrada no dia 30/12/10:


a) Compra de um carro popular.
b) Compra de ações da Petrobrás (PETR4).
c) Compra de ações da Vale (VALE5).
d) Compra de ações da Eletrobrás (ELET6).
e) Compra de ações da Cia Hering (HGTX3).


As taxas de inflação foram desconsideradas para facilitar o entendimento. No caso das ações, foram feitas duas transações (uma de compra e uma de venda) ao custo de corretagem e demais taxas da Bovespa no valor de R$ 45,00. A tabela abaixo mostra os resultados finais.




Os resultados falam por si. Apesar do carro ainda valer R$ 21.870,00 os R$ 30.000,00 se transformaram em menos R$ 960,30 (ver quadros no final da postagem). Ou seja, uma perda de mais de 100% do capital inicial.


No caso da Petrobrás, também houve uma perda significativa, mas bem menor do que a perda no carro. A Vale ofereceu um pequeno ganho, mas perdeu da renda fixa. A Eletrobrás ofereceu um bom retorno nos três anos. Já a Cia Hering presenteou o investidor com um capital quase 8 vezes superior aos R$ 30.000,00 iniciais.


O objetivo desta reflexão não é dizer que devemos utilizar os meios de transporte disponíveis e nunca mais comprarmos um carro, mas sim permitir que pensemos nos valores envolvidos, afinal de contas um carro mais simples ou com pouco tempo de uso cumpre a mesma função de um mais luxuoso.


Para quem desejar mais detalhes sobre os cálculos do carro, veja os dois quadros a seguir.


Quadro 1

Quadro 2

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A bolsa ganha da renda fixa?

A resposta para esta pergunta é complexa e, de maneira geral, depende do período no qual o investidor entrou na renda variável, das empresas escolhidas e do preço pago. Se o investidor entrou e permaneceu durante um período de baixa, sua rentabilidade foi negativa. O contrário também é verdade. Mas cabe destacar que no longo prazo as ações de boas empresas tendem a ganhar da renda fixa. Warren Buffett costuma dizer que as chances de lucro aumentam proporcionalmente ao tempo do seu investimento.


Acabo de concluir um estudo no qual faço uma análise dos últimos 14 anos comparando a inflação medida pelo IPCA, a Poupança, a renda fixa (CDI), o Ibovespa, a Petrobrás e a Vale. Durante parte deste período a bolsa chegou a perder da renda fixa e até da Poupança em alguns anos. Mas no final destes 14 anos, a renda fixa (CDI) e o Ibovespa (índice médio das principais ações) praticamente empataram. Veja os resultados acumulados nestes 14 anos:

- IPCA:            134%
- Poupança:      263%
- CDI:              875%
- Ibovespa:      889%
- Petrobrás:     1983%
- Vale:            4799%

Embora o Ibovespa tenha apresentado um desempenho praticamente igual ao da renda fixa, quem soube escolher e investiu na Petrobrás e na Vale, teve uma grata surpresa ao final destes anos. Seus rendimentos foram bem acima da renda fixa, da Poupança e da inflação.

Para demonstrar melhor as diferenças entre as rentabilidades, descontei o efeito da inflação em cada um dos tipos de investimento e converti as rentabilidades acumuladas em percentuais médios anuais. Assim, o gráfico abaixo apresenta os ganhos médios anuais acima da inflação medida pelo IPCA.

A bolsa de valores é um investimento de longo prazo para aquelas pessoas que são disciplinadas e pacientes. Aqueles que se afobarem nas crises certamente vão sair da bolsa no pior momento, justamente quando os investidores experientes estarão comprando. O segredo é escolher muito bem as empresas nas quais você vai investir. Note que a Vale proporcionou um rendimento médio anual de 24,3% acima da inflação, um verdadeiro presente para os seus investidores.

O que fazer para aumentar suas chances de ganho?

1. Invista para o longo prazo. Considerando que nos próximos anos há uma expectativa de que a taxa de juros no Brasil continue caindo, quanto maior o prazo na bolsa, maiores as suas chances de ganho. Quem investe esperando retornos em apenas um mês, certamente terá um risco maior do que outras pessoas com horizonte de alguns anos. Porém, se você deseja ser um trader (especulador) e investir em prazos mais curtos, tenha um bom plano de investimento, um método operacional testado e um sistema eficiente de gestão de risco.

2. Compre barato. O conceito de caro e barato é relativo. Uma ação está barata em relação ao seu próprio histórico e em relação a outras empresas de seu segmento. Mas encontrar um preço barato não significa certeza de ganhos. Há formas acessíveis ao pequeno investidor para analisar empresas e concluir se deve ou não comprar suas ações. Os preços (cotações na bolsa de valores) das empresas oscilam ao longo do tempo. Tenha paciência e saiba a hora de comprar. Se você investir numa boa empresa e pagar caro pela ação, poderá ter poucas chances de ganhos, pois dependerá de outros compradores dispostos a pagar preços cada vez mais altos.

3. Escolha bem as empresas. Para quem estiver disposto a estudar e a pesquisar mais, pode pensar em tomar suas próprias decisões, escolhendo as empresas que concluiu serem bons investimentos. Não acredite em dicas. Como diz Warren Buffett: "tenha um pensamento independente". Se você escolher as mesmas empresas que a maioria das pessoas e fundos de investimento, não estará fazendo nada diferente. No entanto, estas mesmas empresas podem apresentar excelentes oportunidades após grandes quedas. Por isso, o trabalho de pesquisa e análise poderá trazer excelentes retornos.

Em textos futuros explicarei mais detalhadamente estes três itens.

Quem desejar informações adicionais, acesse o comentário de Mauro Halfeld para a Rádio CBN:
"O ranking dos investimentos nos últimos 10 anos"

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Blue chips, small caps e ações de terceira linha

Matéria divulgada no site InfoMoney em 13/05/10 por Flávia Furlan Nunes

"Diversos jargões são usados no universo das bolsas de valores ao redor do mundo. Muito mais do que conhecê-los, aquele que pretende investir em ações deve entendê-los, para poder aplicar melhor seu dinheiro. Entre eles, estão blue chips, small caps e ações de terceira linha. Você sabe o que significa tudo isso?

Os termos servem para classificar ações listadas nas bolsas de valores de acordo com a liquidez. Segundo o estrategista da Futura Investimentos, Adriano Moreno, não existe um corte específico e objetivo para fazer isso, sendo que é o próprio mercado que acaba definindo as ações encaixadas entre as blue chips, small caps e de terceira linha.

Fichas azuis
Porém, ele disse que as empresas blue chips acabam sendo aquelas com pelo menos R$ 30 milhões de negociação diários e capitalização acima de R$ 10 bilhões: quanto mais líquido, melhor a avaliação do papel. Empresas de maior capitalização são as de maior liquidez na bolsa, as chamadas blue chips.

E, para os curiosos de plantão, saibam que o termo blue chip tem relação com as fichas usadas em apostas nos cassinos norte-americanos. As azuis são as de maior valor, como as empresas que levam o nome.

As blue chips são as mais negociadas na bolsa, como Petrobras, Vale, Usiminas, CSN, Gerdau, Bradesco e Itaú. São as que têm ações negociadas em Nova York, os ADRs (American Depositary Receipts), exemplificou o estrategista da TCX Consultoria e Gestão, Edgard Tamaki.

Small Caps e ações de terceira
Ainda em um critério arbitrário usado por Moreno, é possível dizer que as ações small caps, também chamadas de segunda linha, são aquelas com capitalização de R$ 5 bilhões e de volume diário de negociação em torno de R$ 5 milhões.

Já Tamaki completa: São empresas que têm boa aceitação do investidor, mas não têm grande volume de negociação. Uma diferença entre as small caps e as blue chips é que as primeiras têm um grande spread na negociação, o que significa que o preço de compra e venda é distante. Nas blue chips, a briga é por centavos, porque são papéis que possuem muita liquidez”, explicou o estrategista da TCX.

As empresas de terceira linha, ainda no conceito de Moreno, são aquelas de movimentação de R$ 1 milhão e capitalização em torno de R$ 1 bilhão. De acordo com Tamaki, são empresas com pouquíssima negociação e que, por vezes, podem ser aquelas que acabaram de entrar na bolsa de valores.

Características
Em relação ao risco, segundo Moreno, quanto menor a capitalização, maior ele é, o que acende o farol vermelho para as ações de terceira linha. A Petrobras tem R$ 250 bilhões de capitalização. Ela vai bem em crise, com mercados difíceis, porque ela é grande e tem fácil acesso ao crédito. Dificilmente vai ter problemas operacionais. As de grande capitalização dificilmente quebram, enquanto as menores são mais frágeis e apresentam mais risco.

Além disso, as empresas com menor liquidez sofrem mais em momentos mais frágeis. Por isso, de acordo com Moreno, os investidores com perfil mais conservador costumam apostar mais nas blue chips, que são mais líquidas e seguras. Quando desce de linha, tem empresas com maior potencial, mas mais risco. Uma Petrobras é uma empresa que já é grande e não consegue duplicar de tamanho, mas se a empresa é pequena, ela consegue multiplicar seu tamanho."

Fonte: http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1853562&path=/suasfinancas/

O que é um IPO?

De acordo com a definição constante do site ADVFN "IPO é a sigla utilizada para a expressão em língua inglesa Initial Public Offering (Oferta Pública Inicial). Esta expressão refere-se ao evento que marca a primeira venda de ações ordinárias de uma empresa no mercado de ações. O objetivo principal de uma IPO é a geração de capital através da venda parcial das ações da companhia para a sociedade, utilizando este capital como investimento para expansão da empresa."

A definição que consta do Wikipedia é a seguinte:
"Oferta pública inicial, usualmente referida como IPO (do inglês Initial public offering) é o evento que marca a primeira venda de ações de uma empresa no mercado de ações. Seu principal propósito para empresas novas/pequenas é levantar capital pela sociedade para utilizar como investimento para expansão da empresa, porém também ocorre em empresas/corporações maiores por motivos de alavancagem. O maior IPO do mundo foi registrado pela Bovespa, na captação do banco espanhol Santander no valor de 14 bilhões de reais para ser investido no Brasil. Para entender como acontece um IPO no Brasil, destaca-se a Instrução 400 da CVM."